Por que morrem os fadistas de Lisboa
De saudade ao cantar na Madragoa?
Por que chora a guitarra de Alfama
A trinar a triste sina que derrama?
Por que rodam as moçoilas de Viana
A sorrir ao dançar a chula safardana?
Por que tocam tão bem as concertinas
Com tantas malgas de verde e sardinhas?
A alegria e a tristeza são heranças
Do sangue, da paisagem e do clima
Ou são contas herdadas de outras danças
Que, espontâneas, vêm ao de cima?
© Jaime Portela, Agosto de 2025
2 comentários:
Bom dia, amigo Jaime!!
Que maravilha de poema, aqui ainda é bem cedo,
mas venho e encontro uma lindeza destas!
Na verdade, uma linha tênue separa a alegria da tristeza,
tão próximas, muitas vezes um gesto, uma palavra destemperada nos tira a alegria do momento. Ou vice-versa, uma palavrinha nos põe no prumo, novamente.
Aplausos daqui, amigo poeta!
Uma feliz semana, paz e alegria.
Beijo.
Mais um bonito poema. Boa semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
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