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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Da tristeza e da alegria [630]

 


Por que morrem os fadistas de Lisboa

De saudade ao cantar na Madragoa?

Por que chora a guitarra de Alfama

A trinar a triste sina que derrama?

 

Por que rodam as moçoilas de Viana

A sorrir ao dançar a chula safardana?

Por que tocam tão bem as concertinas

Com tantas malgas de verde e sardinhas?

 

A alegria e a tristeza são heranças

Do sangue, da paisagem e do clima

Ou são contas herdadas de outras danças

Que, espontâneas, vêm ao de cima?

 

 

© Jaime Portela, Agosto de 2025


14 comentários:

Tais Luso de Carvalho disse...

Bom dia, amigo Jaime!!
Que maravilha de poema, aqui ainda é bem cedo,
mas venho e encontro uma lindeza destas!
Na verdade, uma linha tênue separa a alegria da tristeza,
tão próximas, muitas vezes um gesto, uma palavra destemperada nos tira a alegria do momento. Ou vice-versa, uma palavrinha nos põe no prumo, novamente.
Aplausos daqui, amigo poeta!
Uma feliz semana, paz e alegria.
Beijo.

Mário Margaride disse...

Olá, amigo Jaime,
Mais um excelente poema aqui partilha.
De facto, a linha entre a tristeza e a alegria é muito ténue.
Há momentos que exaltamos de alegria. É há outros, que choramos de tristeza.
É a vida e as suas vicissitudes.
Excelente poema. Gostei muito.
Abraço amigo e boa semana.

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

brancas nuvens negras disse...

É a índole deste povo, ora triste, ora alegre. Somos assim.
Boa semana.
Um abraço.

Jovem Jornalista disse...

Bela e incrível poesia!

Boa semana!

O JOVEM JORNALISTA está em Hiatus de inverno entre 04 de agosto à 08 de setembro, mas comentaremos nos blogs amigos. Mesmo em Hiatus, o JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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Até mais, Emerson Garcia

Lucia disse...

Olá caro Jaime.
Um belo e comovente poema.
Pergunta que sempre paira na mente.
Gostei muito do seu poema, amigo poeta.
Boa semana pra você.
Beijo.

Adriana Helena disse...

Uma poesia que retrata tão bem a diferença entre a tristeza e a alegria..
Tudo em versos, um relato profundo e completo...
Parabéns Jaime, pela grande obra!!
Maravilhosa semana!

J.P. Alexander disse...

Es un profundo poema. Me gusto mucho. Te mando un beso.

Pedro Coimbra disse...

E o trinar das guitarras de Coimbra?
Abraço, boa semana

Silent Movie - ©Theda Bara disse...

We are multifaceted beings who can feel happiness and sadness when things go wrong.
(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematic greetings.

Marta Vinhais disse...

Ora cantamos, ora choramos...mas vivemos ao minuto....
Beijos e abraços
Marta

Eduardo Medeiros disse...

Acho o fado português um gênero musical bem complexo. É choroso, doido, lamentoso. Pode-se ir à alegria ao se cantar um fado? Taí uma pergunta que eu não saberia responder, pois todos os fados que ouvi eram todos bem tristes. E teu poema para mim é como se fosse um fado..

Bandys disse...

Ola Jaime,
Meu avó ouvia muitos fados de Amália Rodrigues,
lembro de um bem triste.
Seu poema lembrou-me a infância e todas as coisas boas de Portugal: comida, bebida, musica e claro do meu querido avo.
beijos

Ailime disse...

Boa tarde amigo Jaime,
Que poema tão belo e verdadeiro!
O nosso povo é assim. Consegue rir, cantar e dançar, contra ventos e marés, mantendo vivas as memórias e tradições do nosso querido Portugal!
Beijinhos e continuação de uma boa semana.
Emília

Chape Samma disse...

Poesia é uma vez que se ouve até de longe. Abraço