Os teus lábios,
que porventura sabem às amoras
acabadas de colher,
também sabem à solidão das procuras
que se fecham nos teus olhos.
O que magoa,
já não é o amor que não há no coração
e já nem é o arranhar das silvas
que há no cadafalso
da voz das gargantas sem amoras.
O que dói, mas dói mesmo,
é a boca sem pão,
é o corpo sem casa,
é a tristeza ser uma árvore que cresce,
já seca pela noite da incerteza,
com as raízes enterradas não sabes onde.
© Jaime
Portela, Outubro de 2022
32 comentários:
É a pergunta sem resposta, enfim... as sombras, o vazio...
Como sempre, brilhante...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
Belo e intenso poema, onde a tristeza e a desilusão, estão bem patentes nestas belas palavras.
Gostei muito, caro amigo Jaime.
Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Gostei! Tão carregado de sentimento. Nota-se na escrita. Parabéns!
Feliz dia e semana
Muy buen poema. La realidad de la vida, el dolor y el abandono es lo que más se sufre. Un abrazo.
E no entanto, a árvore teima em crescer, apesar da desesperança. Ás vezes penso que certas formas de vida são diferentes das demais. Mais fortes? Não sei... Diferentes.
Lindo poema, Jaime! Beijinhos, boa semana nova:)
Boa tarde, Jaime!
Se as raízes se mantêm incólumes em terreno fértil, a árvore voltará a seu esplendor.
Boa semana, bom feriado.
Kandando.
Boa tarde Jaime,
Magnífico poema em que as palavras nos dão a dimensão do sofrimento que grassa não só em nós, mas também pelo pelo mundo fora.
Um poema que muito apreciei.
Desejo-lhe uma boa semana.
Beijinhos,
Ailimwe
"O que dói, mas dói mesmo,
é a boca sem pão,
é o corpo sem casa,
é a tristeza ser uma árvore que cresce,
já seca pela noite da incerteza,
com as raízes enterradas não sabes onde".
Não pude deixar de destacar esta parte do poema, pois sensibilizou-me muito.
Uma boa semana com muita saúde, meu Amigo Jaime.
Um beijo.
Sentido e belo poema.
Dói ver tanta dor, tristeza, miséria e desamor por todo o mundo.
Boa semana.
Beijinhos
Apetece-me dizer que, o sabor dos lábios, depende do batom que a rapariga usa, rsrssrsr.
Claro que é mais um poema deslumbrante, intenso, profundo, poderoso poeticamente falando.
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Feliz Halloween … Saudações cordiais.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Um ótimo poema para ilustrar o que os brasileiros escolheram ontem, Jaime.
Gostei
Palavras pungentes e doloridas que retratam bem o que realmente dói nos tempos actuais, afinal, tempos que são os de ontem e serão os de amanhã.
Poema muito belo. Triste, mas belo.
Um beijo, amigo Jaime.
Belo poema!
Boa semana. Beijinhos
Os desgostos do amor ou... de quem não o merece.
Um abraço.
O que dói, mas dói mesmo,
é a boca sem pão...
Boa noite de paz, amigo Jaime!
Uma verdade incontestável. A fome está em voga mundialmente.
Um sensível poema.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos
No hay mayor tristeza que la producida por la falta de comida o de un hogar donde dormir u descansar.
Bonito poema.
Buenas noches.
Profundo poema de una realidad muy dura. Que mucho miramos con indiferencia. Te mando un beso.
Preziose immagini poetiche, in questo cantico sentimentale, di rara bellezza.Un saluto, silvia
"O que dói, mas dói mesmo,
é a boca sem pão,
é o corpo sem casa"... ( é que dói mesmo 😔)...bj
JP
um poema intenso e que me sensibilizou bastante.
tão real e tão verdadeiro.
boa semana com saúde e paz.
:)
Duro e dorido! O amor sem corpo, a raiz da incerteza!
O que dói é viver...
Bom feriado, beijinho.
Olá caro Jaime.
Pois é a cor dos lábios, sejam amoras, cerejas, framboesas, mas isso não é absolutamente nada.
"O que dói, mas dói mesmo,
é a boca sem pão,
é o corpo sem casa,
é a tristeza ser uma árvore que cresce,
já seca pela noite da incerteza,
com as raízes enterradas não sabes onde.
E tantas outras coisas a acrescentar.
Bonito poema.
Boa noite e feliz semana.
Beijo!
E dói tudo, o desamor, a desesperança, o descaso
do que é importante e que nos poderia fazer felizes.
Poema lindo, caro Jaime.
Adorei.
Abraço e boa semana.
Olinda
Olá Querido Amigo Jaime,
Um coração dorido sofre com a mesma intensidade com que um Poeta descreve um amor perdido, sem nunca o ter sentido.
Parabéns por mais um extraordinário poema!
Um beijinho
Sinto a angústia da boca sem pão, do corpo sem casa.
Sinto a tristeza da vida ao acaso.
Sinto a dor do peito que arde, ao escrever POESIA.
Saudações da amiga do Reno 🍂
Dolorido, sensível e muito belo seu poema, Jaime.Como sempre, gostei demais. Abraço.
Gostei muito destas tuas palavras.
As dores hoje são mais que muitas, mas algumas são tão grandes que abafam outras que se pensava serem já enormes.
Beijinhos e tudo de bom!
Forte e profundo. Gostei muito.
Beijo, meu amigo.
Belo e profundo.
Doí muito tudo aquilo que nos rasga a esperança e a alma.
Poema forte e dorido.
Abraço e brisas doces **
Dói, mesmo!
Está muito belo, Jaime.
Abraço amigo.
~~~
Um poema admirável, que percorre muito bem estes tempos de dores e dissabores, que atravessamos!
Beijinhos! Bom fim de semana!
Ana
Pues si que duele, la gran indiferencia por donde anda el mundo por este tiempo...
abrazo
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