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quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Se tudo sentisses e ouvisses [157]




Se sentisses
todas as cores do chão que pisas,
talvez fosses menos feliz
e amaldiçoasses
a maioria das metáforas
que os sorrisos fingidos te vendem.

Se ouvisses
todos os rumores do ar que respiras,
talvez percebesses
a vantagem da surdez
e agradecesses não seres capaz de ler
os pensamentos dos outros.

Se tudo sentisses e ouvisses,
talvez estranhasses
quão nua vai a tua insignificância
e percebesses
quanta da bem-aventurança
dos pobres de espírito também é tua.




Jaime Portela

43 comentários:

Os olhares da Gracinha! disse...

ADOREI ler este belo e pertinente poema!bj

Uma aldeia de xisto que não encontrei no mapa …
https://crocheteandomomentos.blogspot.pt/2018/02/cadaval.html

Aprenda a gostar de beterraba … com os petiscos da Gracinha:
https://ospetiscosdagracinha.blogspot.pt/2018/02/hoje-vamos-falar-de-beterraba.html

Nas minhas arteirices e agora que tenho “costurado” pouco … há novidades:
https://asarteiricesdagracinha.blogspot.pt/2018/01/cortinas-do-pinterest.html

E por ter imensos olhares com belos reflexos portugueses … aqui os pode ver:
https://mgpl1957.blogspot.pt/2018/01/reflexos-que-me-encantam.html

Que FEVEREIRO seja um EXCELENTE mês para si que me visita!!!

Kasioles disse...

En ocasiones, es preferible estar sordo para no escuchar lo que opinan de nosotros los demás, por lo regular, sin apenas conocernos, suelen opinar a la ligera y es doloroso darse cuenta del concepto que se han formado, tan alejado de lo real.
Ha sido un placer pasar por tu espacio y leerte.
Cariños y buena semana.
kasioles

Arte & Emoções disse...

Olá Jaime! Eis que mais uma vez, aqui estou para me deliciar com mais uma das tuas belas criações, com ênfase para a estrofe abaixo:

Se ouvisses
todos os rumores do ar que respiras,
talvez percebesses
a vantagem da surdez
e agradecesses não seres capaz de ler
os pensamentos dos outros.

Retornando para renovar os votos de um Feliz 2018 e matar as saudades dos amigos.

Abraços,

Furtado

Larissa Santos disse...

Parabéns. Muito bonito o seu poema. Adorei :))

Hoje:- Perdida no Sonho... Nudez Imaculada.
.
Bjos
Votos de uma boa noite

Enquanto a chuva cai... disse...



Lendo o seu excelente poema, Jaime, percebi que não sei nada de poesia e acho melhor deixar essa tarefa ao cargo dos poetas de verdade. como vc, escrevê-las.

Gostei muito.

Beijinhos.

HD disse...

E uma sensibilidade que nem sempre compreendemos... :-)

Cidália Ferreira disse...

Um poema de uma qualidade impar. SoberboBeijo. Boa noite!

Andreia Morais disse...

Há coisas que não estão ao nosso alcance. E, se calhar, ainda bem que é assim. Adorei o poema!

r: É um livro muito bem escrito e com um caso bastante fascinante
Obrigada e igualmente*

Pedro Luso de Carvalho disse...

Caro Jaime gostei de seu poema, "Se tudo sentisses e ouvisses", do qual transcrevo os versos que abrem o poema:

"Se sentisses
todas as cores do chão que pisas,
talvez fosses menos feliz
e amaldiçoasses
a maioria das metáforas
que os sorrisos fingidos te vendem."


Parabéns poeta amigo.
Um grande abraço.
Pedro

Diana Fonseca disse...

Que poema bonito. E intenso.

Lua Singular disse...

Oi Jaime,
Cheguei agora do hospital, desculpa
Uma poesia linda cheia de metáforas.
Você é o cara!
Beijos
Lua Singular

Josélia Micael disse...

Bela poesia amigo Jaime!
É sempre gratificante passar neste poetico cantinho!
Meus parabéns!
Fraterno abraço.
Seja feliz
Josélia

Pedro Coimbra disse...

Este é duro.
Algum(a) destinatário(a) em especial??
Aquele abraço, bfds

Elvira Carvalho disse...

Gostei Jaime. Obrigada pela partilha.
Um abraço

luar perdido disse...

Amigo Jaime, mais um poema onde os sentires e viveres, se misturam na poesia das palavras. A insignificância é um dom, a tal bem-aventurança dos simples. O que não significa que se seja "insignificante", mas sim Ser Humano.
Adorei o poema, como sempre muito das tuas mãos.

Bom fim de semana, querido amigo.
Beijo de luar

Rui Pires - Olhar d'Ouro disse...

Muito interessante e refletivo poema!
Abraço e bom fim de semana.

Olhar d'Ouro - bLoG
Olhar d'Ouro - fAcEbOOk

Marta Vinhais disse...

Há coisas que não devemos compreender.... Magoar-nos-iam para sempre, destruíam-nos...
E isso ninguém tem o direito de fazer...
Embora custe, às vezes, é melhor fingir que somos surdos...
Brilhante como sempre...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Beijaflor disse...

Ninguém gosta das verdades
Se as sentem dizem que não
Preferem a feira de vaidades
Cheias de cariz de ostentação.

Boa continuação

Bom fim-de-semana

Abraço

Teresa Almeida disse...

É tanto o que não ouvimos nem sentimos...
e enorme o prazer de te ler .

Beijinho, Jaime.

São disse...

Excelente !

Beijinho de bom Fevereiro

Célia disse...

Um poema que nos remete a dons naturais da sobrevivência e seus reais valores... Ser cego, surdo e mudo diante das atrocidades modernas é um prêmio!
Abraço.

Marina Filgueira disse...

Difícil es excavar en el pensamiento del otro, Jaime. Aunque a veces intuimos y acertamos... Y también a veces es necesario poner a los oídos tapones, no siempre nos gusta escuchar algo que puede herir nuestra sensibilidad.

Es un poema bonito y además da para debate. Mi felicitación y gratitud.
Te dejo un beso, y ten un feliz fin de semana

Olinda Melo disse...

"Bem-aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino dos Céus." Por vezes ponho-me a pensar no que poderá significar esta passagem do Sermão da Montanha. Talvez seja isso que o poeta deixa entrever: Atentarmos na nossa insignificância e tomarmos consciência de que há muita coisa que ultrapassa a nossa prosápia.

Um poema profundo, amigo Jaime.

Abraço.

Olinda

Minhas Pinturas disse...

Olá Amigo Jaime,(e maravilhoso POETA),
Este poema chega a ser um código de procedimentos, uma lição de bem viver ditos em versos lindos e metafóricos que amei.
Em certas situações este poema cai como uma paulada na moleira, preciso ler e gravar!!
Beijinhos, Léah

Suzete Brainer disse...

Um poema magnífico, com a ironia exata sobre as aparências no palco,
atrás das cortinas, a essência preenche no inverso das futilidades
distribuídas... O mundo vitrine, sempre melhor a vida na própria
vida, sem máscaras.
Parabéns, amigo Jaime.
Beijo.

Maria Rodrigues disse...

Quantas vezes se passa pela vida sem realmente sentir ou ouvir.
Belíssimo poema
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco

Ailime disse...

Boa noite Jaime,
Sublime! Um poema muito belo.
Os meus Parabéns!
Um beijinho e bom fim de semana.
Ailime

Teresa Isabel Silva disse...

Muito bonito o poema!

Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

SOL da Esteva disse...

Este teu Poema é magnífico. Bem Aventurado sejas.


Abraço
SOL

SOLIDARIEDADE disse...

Por causa de sua formação, sua poesia, além de bela, é repleta de um "tecnicismo" quer valoriza ainda mais a exatidão infinita dos sentimentos. É um bom desafio .
Bom fim de semana

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

JP

ironia e metáforas muito bem entranhadas num "recado" para alguém ou quiçá para todos nós...

intenso e acutilante...

bom fim de semana

beijinhos

:)

teresa dias disse...

Jaime, que belo poema!
A sensibilidade brota de cada palvara e arrepia, amigo.
Ao contrário do poeta Pedro Luso, escolho os versos que o finalizam. Lindos!
"Se tudo sentisses e ouvisses,
talvez estranhasses
quão nua vai a tua insignificância
e percebesses
quanta da bem-aventurança
dos pobres de espírito também é tua."

Abraço e boa semana.

Majo Dutra disse...

~~~
Além de excelente no aspeto formal,
ético e estético, o poema é muito
interessante.
De facto, Jaime, a humanidade ainda
vive com com sentimentos demasiado
primários e isso verifica-se também
na blogosfera. «Não me visistate...
não te visito!»... logo à primeira
falta, sem se importar se o outro
esteve a compor ou se está doente.
Há muito que evoluir...
Parabéns. Gostei muito.
Abraço, Amigo.
~~~~~~~~~~
~~~~~~

Graça Pires disse...

Se calhar é não ouvirmos nem sentirmos tudo o que a vida nos esconde, Jaime.
Assim não sofremos por antecipação...
O teu poema, excelente como sempre.
Uma boa semana.
Um beijo.

Ana Freire disse...

Felizes são aqueles, que não procurando agradar a toda a gente... são tão pobres de espírito... que descobriram o reino dos céus... dentro de si mesmos...
Mais um poema... que nos faz reflectir...
Brilhante como sempre, Jaime! Assertivo e subtil, este poema!...
Beijinho! Feliz semana!
Ana

Manuel Veiga disse...

que sabedoria a tua, meu caro Jaime!

como te compreendo!
por vezes sinto-me a desejar ser lerdo!

excelente Poema

abraço, meu amigo

Lucinalva disse...

Olá Jaime, lindo poema, abraços.

rosa-branca disse...

Tantos ses...a ironia de mãos dadas com a pobreza de espírito. Como eu te entendo tão bem. Ás vezes preferia não entender...

Jaime boa semana e beijos com carinho

saudade disse...

Porque ouvir e sentir o que escreves não se descreve....
Fantástico poema.
Beijo de...
Saudade

Betonicou disse...

Oi Jaime. Alem de poeta , sinto toda sua experiencia de vida em teus lindos textos. Como sempre belo meu caro. Grande abraço.

Jaime Portela disse...

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Caros amigos, obrigado pelos vossos comentários. Voltem sempre.
Entretanto, acabei de publicar um novo poema. Espero que gostem.
Continuação de boa semana.
Saudações poéticas.
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Fá menor disse...

Sim, devemos ter os pés bem assentes no chão, mas não pelo chão abaixo.

Beijinhos, amigo Jaime!

Carmen Lúcia.Prazer de Escrever disse...

Sempre maravilhoso em todos os seus poemas Jaime!
Bjs-Carmen Lúcia.