O seu
olhar
é
prenúncio de um mar
sem
ondas
na
enseada que se abre
à
desejada e leda nau
que
se aproxime.
De
veludo
serão
as suas ancas
e
outras mãos
não
se arrogam como suas
se
não a assaltam
para
que suas sejam todas.
E de
seda menina
será
a sua rosa
quando
de orvalho embebida,
onde
as bocas se podem saciar
se a
língua se amotina
ao
sabê-la embevecida.
© Jaime Portela, Setembro de 2019