Liberdade,
mesmo
com asas de poeta
não
a tenho inteiramente,
pois
quase ninguém ma consente.
Mas
não é por isso
que
a minha atrevida persistência
deixará
de tentar despedaçar,
elo
por elo,
as
amarras da cadeia que me prende.
Liberdade,
não
a tenho inteiramente,
mas
ela resiste viva no sangue
a
circular na utopia
de agarrar uma
estrela supernova
que
ainda não seja cadente.
© Jaime Portela, Janeiro de 2020