Perdi
a hora do regresso
quando
um escusado restolho
se
desprendeu da fuga de pássaros,
amplificando
os saltos
ao
ritmo das borboletas
que
trazias no corpo.
Acendi-me
na chama que acumulavas
quando
me desfraldaste em carícias
e te
embalei nos meus braços,
como
se neles tudo fosse inaugural.
Morri
descontente na hora do adeus
quando
o verso do espelho me sacudiu,
atraiçoando
a verdade quente
da tua pele na minha.
© Jaime Portela, Abril de 2021