Lá vai uma, lá vão duas
e mais mil banalidades.
É chuva a cair e a molhar-nos
sem podermos fugir.
Nada se torna simples.
Nada mesmo nada é tangível.
Mesmo que seja duas vezes dois,
não é factual
e é possivelmente irreal.
Tudo é especulado.
O seu contrário também
e é dizível com o despudor de criança.
Com os seus olhares soberanos,
procuram guiar-nos
como se fôssemos cegos.
Há exceções, que confirmam a regra.
De contrário, não guardava a faca
para barrar o pão com manteiga.
© Jaime Portela,
Janeiro de 2024
46 comentários:
Un testo notevole, e impegnativo, che ho molto apprezzato nel suo profondo significato.
Un caro saluto
Até um simples pão com manteiga, tudo é especulado e visto e por muitos olhos reprovado... Linda poesia! abraços, chica e ótima semana!
Uma excelente retratacao do real
Adorei jaime
Abraço
Amanhã e depois vou muito por esse caminho.
Quero ouvir propostas concretas.
E têm sido muito poucas.
Abraço, boa semana
Non hai certo perso la tua vena poetica anzi in tutte queste tue ultime poesie che non avevo ancora letto, si avverte una profonda intensità sempre più avvolta da un ermetismo dolce, quasi una carezza triste ma rassegnata e dolce che quasi si rincuora davanti alla sfacciataggine di un bambino che forse davvero ne sa più di noi perchè non ancora indottrinato non ancora riempito di concetti sterili e di annullamento del proprio spirito ribelle e libero.
Eles bem tentam guiar-nos, Jaime, mas só os segue quem não tiver dois dedos de testa. À primeira qualquer cai, à segunda cai quem quer, mas à terceira?...Aí, só cai quem for parvo, ou mesmo ceguinho de todo.
Com a faca de barrar manteiga não se vai a lado nenhum. Falta-lhe o gume!
Uma vez mais o congratulo pela sábia construção de mais uma excelente metáfora poética. Embora, cada um de nós a interprete consoante o seu pendor... :)
Beijinhos, Jaime.
Boa semana.
É um acto de coragem guardar a faca para barrar o pão com manteiga, por vezes, apetece usá-la doutra maneira.
Gostei muito do poema na sua leveza e banalidade no uso da faca.
Abraço da amiga das margens do rio Reno.
Tudo é irreal.. há apenas especulação...
Ainda bem que há excepções para que se continue a ter esperança.
Bom Ano 2024.
Beijos e abraços
Marta
Hallo Jaime. Pablo Picasso, um dos meus artistas favoritos, costumava dizer que não podemos entender arte se não entendermos que, na arte, 2+2 pode dar qualquer número, exceto 4. E eu concordo com ele. O seu poema é sobre alguma coisa, e poemas como este estão muito próximos do meu coração. Com os melhores cumprimentos! Obrigado por postar no meu blog.
É mesmo: parece estarmos no circo ....
Belo poema, meu querido amigo.
Abraço e excelente semana :)
A irrealidade do real é algo que nos inquieta perante tudo o que acontece na vida. Inspirado poema, meu Amigo Jaime.
Uma boa semana.
Um beijo.
Uma poesia sensacional!
Feliz e abençoado 2024!
Abraços afetuosos!
Boa tarde:- retrato poético escrito de uma realidade que vivemos. Gostei de ler
.
Deixando cumprimentos. Feliz semana.
.
Muito bem!
E como poderá algum cego guiar outros cegos?
Beijinhos, amigo Jaime, e boa semana!
Que engraçado este, com temas bem aleatórios.
Un profundo poema. Me parece muy bueno.
Feliz mes de Enero.
Un abrazo.
A poem that moves through varied metaphors, with subtlety and vigor.
(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematic greetings.
De facto assim é, amigo Jaime. Cada vez há mais vendedores da banha da cobra.
Cabe-nos a nós distinguir o trigo do joio.
Excelente poema, que muito gostei.
Votos de uma excelente semana!
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
E assim lá vamos mais e mais vezes,Jaime
as exeções ficam por sua conta.
enquanto continuo guardando a faca devidamente,
:) o jeito e rir de nós mesmos_ não há como enxugar a chuva.
Desejo semana maravilhosa para Ti e abraços.
Olá caro poeta Jaime.
A primeira sempre nos levam
A segunda ainda tendo dúvidas acredita-se
Ah! A terceira nem com reza se acredita.
Assim é com a vida e pessoas no geral.
Muito bom poema
Boa noite e feliz semana.
Beijos!
A vida também se constrói com banalidades, são mesmo de uma grande importância.
Um abraço.
Profundo poema. Tienes toda la razón nada es tan simple o fácil. Te mando un beso.
pois é amigo vamos la ver o que 2024 nos traz muito bem escrito bjs feliz semana sause
Terminar o poema com a faca de barrar manteiga
foi de mestre, caro Jaime.
Adorei o poema. Bravo!
Boa semana.
Abraço
Olinda
Gostei bastante!!
.
Não me sinto perdida no tempo...
Beijos e uma excelente semana...
Aqui no meu lugar está chovendo e gosto de ler
poesia bonita como as suas. Leio poesias nos blogs que
gosto e leio tbem Dom Quixote, já leu a leitura de sua
poesia e do livro são uma verdadeira viagem. Bju
Uma poesia bastante real!
Um beijinho, Jaime!
👄👄👄Megy Maia
Jaime, hermoso poema real, todo se especula.
me quedo con el cuchillo para untar el pan, esa es una realidad de todos los días.
Jaime querido amigo es un placer leerte.
Cariños y besos
Um poema bem real para os tempos que correm. Jaime, boa semana e beijos com carinho
Um texto que extravasa do quotidiano mais real como aliás qualquer rio sem margens.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Vivemos num mundo de especulações e incertezas.
Brilhante poema.
Beijinhos
Procuram cegar-nos... e talvez por isso calar um grupo informativo credível! Deixando-nos um pouco mais mergulhados nas noticias de faz de conta... a desinformação é sempre o melhor aliado dos radicalismos e antidemocracias... mas tudo em nome do laissez faire económico, que passa pelos paraísos fiscais do mundo...
Gostei imenso do poema, com a assertividade e actualidade de sempre! Hoje em dia, comemos o nosso pão com manteiga enquanto ouvimos a especulação e a desinformação, logo pela fresquinha da manhã... e cada vez mais... sem lhes podermos fugir... com alternativas a começarem a ser condicionadas.
Beijinhos! Continuação de uma feliz e inspiradora semana!
Ana
Boa noite Jaime,
Que belo poema, que de forma desassonbrada, embora metafórica, nos fala da realidade politica atual.
Gostei imenso!
Um poema muito inspirado.
Beijinhos e os meus Parabéns pela magnifica construção do poética.
Emília
Está coberto de razão, querido amigo Jaime.
Só se ouvem banalidades, e mesmo dessas muito poucas são executadas.
Durante os dois meses em que estive internada, algumas vezes "com um pé lá, outro cá", tive tempo para reflectir no estado deplorável em que o país se encontra.
E daí para cá tudo piorou, ainda que perecesse que tal não era possível.
Vamos ver durante quanto tempo teremos manteiga para barrar o pão...
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Tan real tu poema como la vida que nos ha tocado vivir....
pongamos cuanto esté de nuestra parte para mejorarla, la realidad duele comprenderla
Un buen año para todosd Jaime
Un abrazo
Vivemos realidades estranhas.
Excelente preocupação poética, Jaime.
Beijo, bom fim-de-semana.
Olá, amigo Jaime, passando por aqui, relendo este belo poema que muito gostei, e desejar um bom fim de semana.
Abraço amigo.
Mário Margaride
http://poesiaaquiesta.blogspot.com
Jaime, amigo te dejo un saludo y te deseo un buen fin de semana.
Cariños y besos
Muito bem escrito, aliás, tudo aqui é bem feito. Parabéns.
Jaime,
Lá vamos nós
mergulhar em mais
uma deliciosa e inspiradora
poesia!
Obrigada por nos brindar.
Bjins de bom fim de semana.
CatiahoAlc.
Excelente!
Saber dizer é uma Arte que dominas.
Parabéns, Jaime.
Abraço
SOL da Esteva
Olá Jaime,
Percebo o que quis transmitir. Nos tempos de hoje já nem sabemos em que nos fiar. Já nem sabemos o que é real. É normal o sentimento de deriva.
Um forte abraço!
Caro Jaime,
Seu poema é uma tapeçaria de pensamentos e emoções, tecida com palavras cuidadosamente escolhidas. Ele nos lembra que a vida é complexa e cheia de incertezas, mas também de beleza e profundidade. Através de suas palavras, somos lembrados de que mesmo as coisas mais simples podem ter significados profundos e que a realidade pode ser mais do que aparenta. Meus parabéns! Abraço.
. Es complejo y delicado quien construye sobre lo vano o lo indeble, por su peso todo cae, lo malo es que a veces se lleva con ello toda lo sembrado por otros que gano creído y de nada tiene luego valía.
Abrazo
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