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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

As forjas de Wall Street [584]

 


O tempo capitaliza as cifras

que dançam em labirintos de vidro e aço

ao som de uma música suave

que sai das forjas a fabricar canhões

para uma guerra bem longe.

 

O pulsar frenético do mercado,

em cliques metálicos,

vai trocando sonhos por números,

em transações de esperança

nas telas que piscam à velocidade dos mísseis.

 

Mas há quem sucumba à ganância,

vendo a sua ambição escorregar

para as mãos de vigilantes

que manipulam o vento

de ratings sombrios a instigar a queda.

 

Nas sombras, a pobreza persiste,

perpetuada pela indiferença egoísta

das forjas de ilusões nas mãos do poder,

que querem ver a sua riqueza, já desmedida,

sem nunca parar de crescer.

 

 

© Jaime Portela, Outubro de 2024


43 comentários:

chica disse...

Há mesmo quem só pense em ver a SUA riqueza crescer, a despeito dos demais.
Linda poesia! abraços, ótima semana, chica

Roselia Bezerra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
silvia de angelis disse...

Un'osservazione poetica intensa, su argomenti importanti della nostra vita, su cui porre profondi pensieri.
Buona settimana e un caro saluto

Mário Margaride disse...

É neste antro de falcatruas que os senhores do mundo enriquecem sem trabalho. E mandam para a miséria milhões e milhões.
Excelente poema, amigo Jaime. Gostei bastante.
Deixo os meus votos de uma feliz semana.
Abraço amigo.

Mário Margaride

Eduardo Medeiros disse...

Olá.
Incisiva e marcante poesia. Se os países mais poderosos economicamente quisessem e tivessem boa vontade, o problema da miséria no mundo já estaria resolvido. E se em cada país pobre ou em desenvolvimento houvessem bons dirigentes que tivessem uma visão realista da economia, a prosperidade viria mais rápido.

ematejoca disse...

POEMA que aborda crimes do colarinho branco.
SEMPRE actual e assertiva a POESIA do Jaime.
Novamente, nas margens do rio Reno deixo um abraço amigo.

São disse...

Excelente poema que demonstra a maneira vil como se constroem riquezas imensuráveis e a nenhuma importância dada a quem sofre os desvarios dessas criaturas.

Meu amigo, abraço e boa semana em companhia de quem amas.

Graça Pires disse...

Oportuno este poema. Realmente há muita gente a enriquecer com o fabrico de armas, as mesmas armas que vão matar gente inocente.
Uma boa semana.
Um beijo.

Silent Movie - ©Theda Bara disse...

Unfortunately, the world is becoming more and more capitalist and intolerant, and one thing keeps the other always active, because
it is money that sponsors wars and many of them happen for money.
(ꈍᴗꈍ) Poetic and cinematic greetings.

" R y k @ r d o " disse...

Malditas sejam as guerras. Lindo poema.
.
Saudações cordiais e poéticas.
.

Janita disse...

Assim é, amigo Jaime. Todos sabemos melhor ou pior, versejando ou cronicando, que essa é uma realidade insofismável.
Quem, até agora, daqueles que algo poderiam fazer, já tomou medidas para encravar essa máquina onde se forja a morte e a destruição?
Fica a pergunta no ar!!
Um abraço e uma boa semana, amigo Poeta e Pensador.
Beijinhos

Roselia Bezerra disse...

Olá, amigo Jaime!
Muito interessante e super bem construído toda temática do poema.
"Ressalto o valor dos versos abaixo:
pobreza persiste,
perpetuada pela indiferença egoísta".
Tenha uma.nova semana abençoada!
Abracos fraternos

Rui Luís Lima disse...

Caro Jaime!
Gosto imenso deste poema que nos oferece uma viagem pelo universo do capital e acho fabuloso o título deste poema: "As forjas de Wall Street"!
Um abraço e votos de uma boa semana!
Muito boa tarde!

Vivir y dejar Vivir...Liz disse...

Querido Jaime, precioso poema, nunca están satisfecho con su avaricia, no miran el hambre del pueblo.
Un hermoso poema para tomar conciencia
Abrazos y te dejo un besito, que tengas un feliz día

AMALIA disse...

Un poema excelente. Muy buenas tus letras.
Un abrazo.
Feliz semana.

Lucia disse...

Olá caro Jaime.
Realmente é uma triste constatação.
Muito bom amigo poeta.
Suave semana pra você.
Beijo!

Cláudia disse...

Gostei, mas deixe-me só corrigir o que disse no meu blog. Eu não jogo com acções, eu invisto. É diferente :)

Boa semana

❦ Cléia Fialho ❦ disse...

Que poema profundo e impactante! Você captura de forma magistral a dualidade do mundo financeiro, onde a ambição e a ganância dançam em meio a números e transações. A imagem das "forjas de ilusões" evoca uma crítica poderosa ao sistema que muitas vezes ignora a vulnerabilidade e a pobreza que persistem nas sombras.

O contraste entre a frenética pulsação do mercado e a indiferença que perpetua a desigualdade é especialmente tocante. Suas palavras ressoam com uma verdade que muitos tentam ignorar, mas que é vital para a compreensão do nosso tempo.

A maneira como você entrelaça a beleza e a dureza da realidade é inspiradora. Continue a iluminar essas questões com sua poesia! É sempre um prazer ler seus versos que nos fazem refletir e sentir. 💖✨

AFAGOS POÉTICOS EM SEU 💗
🐾

Regina Graça disse...

Wall Street já deu o que não tinha para dar, entrou em bancarrota, deixou os corretores na penúria, coitados dos milionários que nem sabem amassar pão, lavrar a terra, pescar... Só os poetas vivem do alento dos sonhos, alimentam-se com o paladar de cada palavra, ganham a vida enchendo os bolsos de búzios!
E de beijos, meu caro poeta Jaime...

Mona Lisa disse...

Belo ,assertivo e actual poema em que a ganância dos bilionárlos toca fundo nos que sofrem as suas, consequências .
Quem os detém?...
Beijinho, Jaime 😘

J.P. Alexander disse...

Profundo poema. Los seres humanos somo muy codiciosos y que costo. Te mando un beso.

Adriana Helena disse...

Olá Jaime, vim agradecer pelas visitas que fizeste nos meus cantinhos musicais e também ler o seu magnífico poema!
Como é incrível ter esse dom de poetisar, de deixar os versos falarem por nós. Você o consegue de maneira muito bela, parabéns. Fazer poemas sobre a perversidade das guerras e a miséria que ronda o mundo não é fácil. Precisa ter muito talento!!

Sabe Jaime, eu tenho 3 blogs e geralmente os atualizo todas as semanas!
Na segunda estou no Vivendo Bem Feliz! Na quarta na Natureza Capixaba e na sexta no Sol & Sal! São assuntos diversificados, por isso que os separei por temas!!

Agradeço imensamente e desejo um maravilhoso início de semana!! ;)))))

brancas nuvens negras disse...

A fortuna floresce nos bolsos dos que fabricam as máquinas de matar. Triste mundo habitado este.
Um abraço.

Isa Sá disse...

Bonita poesia.
Isabel Sá
Brilhos da Moda

Ailime disse...

Bom dia Jaime,
A prepotência dos ganaciosos a imperar, enquanto outros morrem vítimas das guerras e das suas manipulações.
Mundo este em que a consciência e e a paz não existem no vocabulário desses que se julgam donos do mundo.
Magnífico e atual poema.
Beijinhos meu amigo Jaime. Continuação de boa semana.
Emília

MELODY JACOB disse...

This powerful piece serves as a reminder to be aware of the impact of our actions and the structures of power that perpetuate inequality. It calls for reflection on how we can foster a more compassionate world, where ambition doesn't come at the expense of others.

Happy Tuesday! Please check out my new post: www.melodyjacob.com

JoAnna disse...

Olá Jaime. Ontem assisti a um filme - atualmente das irmãs Wachowski - que a princípio me pareceu estúpido, parecia um conglomerado de outros filmes s/f, mas depois de refletir mais cheguei à conclusão de que é um filme sobre ganância, sobre como uns poucos ricos implacáveis ​​aproveitam milhares de milhões de outros seres. Este filme é Júpiter Ascendente.

JoAnna disse...

Ah, e o poema, como sempre, muito bom! Atenciosamente, desejo-lhe bons momentos esta semana.

Cidália Ferreira disse...

Um poema maravilhoso! Obrigada :))
.
FANTASIEI...
Beijos e uma ótima semana.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo. Infelizmente é este o mundo em que vivemos e que vamos deixar os nossos filhos e netos. Que pelo menos os poetas nunca se calem. Um beijinho

Vivir y dejar Vivir...Liz disse...

Querido Jaime, que tengas un feliz día, lleno de amor.
Abrazos y te dejo un besito

Olinda Melo disse...

Forjas que forjam situações que levam na sua tempestade
os pobres que não têm aonde se agarrar. Adopção de técnicas
que nem se chega a perceber o que se passa, nem quando
toneladas de fogo nos caem em cima.
O mundo é desses teóricos que nem se lembram que num
momento ou noutro morremos todos.
Um poema de respeito, caro Jaime.
Abraço
Olinda

Emília Pinto disse...

Caro Jaime, apesar de não vir cá há um tempinho, li os últimos poemas que, não versando diretamente o amor, ele está presente em cada verso. Infelizmente, como diz a nossa Amiga Olinda, no Xaile de Seda, o ser humano " anda às arrecuas " e nada aprende com os erros do passado; apesar dos avanços que se vêm notando ao longo das gerações, em áreas importantes para todos, como sejam, na saúde, na educação e na tecnologia, o factor humanidade, respeito e preocupação com os mais vulneráveis tem regredidoo " a olhos vistos ". No tempo da monarquia, os abusos do poder eram de uma crueldade terrível, mas pouco ou nada melhorou com a República e as sua diferentes formas de governar; fascismo ou democracias mais ao centro ou mais à esquerda o que importa mesmo aos governantes é o seu próprio interesse e não o dos cidadãos que os escolheram. As guerras continuam provocadas por " meia dúzia " de bárbaros que só pensam na manutenção do seu alto cargo e nos milhões que ganham com a indústria do armamento. Há uma coisa que sempre me surpreende, Jaime...na altura de grandes crises econômicas, o que mais se vende são os carrões e as casas mais luxuosas, porque, infelizmente há quem ganhe muito com as desgraças. E assim, Amigo, o fosso entre os muito ricos e os muito pobres aumenta cada vez e não há nada que possamos fazer...sempre foi assim e creio que assim continuará. O ser humano não aprende, apesar de ter vivido uma pandemia, apesar de passar por graves desastres naturais, apesar de ver todos os dias as imagens terríveis das guerras actuais. Obrigada, Jaime, por mostrares grande preocupação pelas misérias humanas e nos alertares para elas. Beijinhos e fica bem, com saúde para todos vós
Emília

Malania Nashki disse...

Es terrible pero real, y la pobreza cada vez crece más.
Días pasados visité San Paulo, Brasil. La vida es igual casi en todas partes, pobres que sufren y ricos que gozan del buen vivir.
Ojalá los responsables de las guerras y de las fabricaciones de armas cambien su conciencia y se dediquen a hacer el bien sobre todo para aquellos que más lo necesitan.
Un abrazo enorme.
Buen fin de semana.

Mário Margaride disse...

Olá, amigo Jaime
Passando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e para desejar um bom fim de semana.

Abraço amigo

Mário Margaride

http://poesiaaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

Juvenal Nunes disse...

Muitos são os problemas que assolam a humanidade.
A pobreza, que continua a crescer em Portugal, é sem dúvida, um dos mais preocupantes.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes

Fá menor disse...

Muito bem, amigo Jaime! Bela análise.
Beijinhos.

SOL da Esteva disse...

Poema duma actualidade impressionante. Excelente mais esta manifestação Poética, Jaime.
Parabéns, Amigo.


Abraço,
SOL da Esteva

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Boa tarde JP

acutilante, realista, duro e verdadeiro.
poema para reflexão.
trabalho poético exemplar e muito criativo.

bom final de semana.
:)

Vivir y dejar Vivir...Liz disse...

Querido Jaime, te deseo un feliz fin de semana, se feliz amigo mío
Abrazos y te dejo un besito.

snobe casamang disse...

Poem very powerful calls for reflection, I like it a lot.

Betonicou disse...

Jaime, seu belíssimo poema desenha um quadro claro da ganância e da indiferença que perpetuam a pobreza. parabéns! Abraço.

Mário Margaride disse...

Olá, amigo Jaime
Passando por aqui, relendo este excelente poema que muito gostei, e desejar uma feliz semana, com tudo de bom.
Abraço amigo

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com