Por vezes, passo noites de sonoa lutar no meio de tumultos de giestas.Elas esfolam-me, arranham-me,aturdem-me os tímpanos, cegam-me.Tento escapar a correr como um louco,mas dou comigo, confuso e esbaforido,no poço das feiticeiras,sítio assombrado da meninice perdida.A erva, alegre como um pardal, embala-mea pele, que fica sarada, sem marcas,ao som de um poema sinfónico de Strauss,abraçado de imagens tão deslumbrantescomo as dos Cem Anos de Solidão.Então, sinto a leveza dos teus poros,ouço a tua cristalina voz, maviosa, e vejogolfadas de luz brotando de ti.Já sei, é tudo obra tua enquanto durmo,minha feiticeira.
Translater
sábado, 4 de abril de 2015
A feiticeira [015]
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2 comentários:
Uaaaaaau! Parabéns à sua musa feiticeira.
Música e poesia, conjugação perfeita.
Bom fim-de-semana, amigo Jaime!
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