De tanto te querer,sou estorvo de mim mesmo.Perco-me por atalhos sem espelhos,agito águas imprópriaspara a tua naue sorvo as minhas próprias armadilhas.Ao tecer este incauto abalroarem tais ínvios azimutes,onde o trivial seria naufragarcom os bolsos repletos de chumbo,sei que serei salvo pela vozdo teu farol benevolente, que me atraie perdoa sem que eu resista à sua luz.Embrulhar-me nas ciladase salvares-me deste meu distraído desacerto,é um perigo com o risco de quebraruns quantos fios nas amarrasque nos atam livremente,mas também é o fruir antecipadoda entrega remoçadae o reforço, experiente e libertário,da alargada e perene (re)união.Mas o desígnio é de emenda:procurarei, a todo custo, fugir às emboscadasdos trejeitos desusados, para que, assertivos,possamos comer o teu arroz sossegados.
Translater
terça-feira, 19 de maio de 2015
De tanto te querer [021]
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